sábado, 13 de agosto de 2011

prazer,eu

Eu te vejo tantas vezes; num bar, numa esquina, no ponto do ônibus, atravessando a rua, no cinema sozinho. Eu não sei seu nome, sua cor preferida, que música você cantarola no chuveiro ou qual o livro que você está lendo. Mas eu juro, eu tenho certeza que eu podia me apaixonar por você. Ou não, mas como eu vou saber se eu nem te conheci?

Porque você, você pode ser qualquer um e também não pode. Porque qualquer um, eu não quero. Eu quero você. Você mesmo. Você, um qualquer que gosta de algumas coisas e não gosta de outras. Qualquer coisa que me agrade.

Você também não me conhece. Eu sou mais uma. Talvez, mais duas ou três. E eu te vejo todo dia, possibilidade. Eu te encontro todo dia, dúvida. E eu te quero cada vez mais, surpresa.

Um comentário:

  1. Carta a Alguém

    Ainda não consigo te imaginar, meu amor. Sei que me espera num canto, na hora exata que eu estiver completamente distraído. Sei que anda contando os minutos por mim, pra me tornar suspeito dos meus elogios, pra tornar perfeita a nossa vida hoje. Mas não sei como se parece, se teus olhos me invadem ou me enobrecem, não sei se sorri aos quatro ventos, ou guarda só teu sorriso pra mim. Ou se anda sorrindo pra mim aos quatro ventos. Mas prefiro que esteja como tem que ser. Quero minuciosamente não mexer na minha surpresa. Quero só poder olhar nós dois no espelho, desamassar o sono da nossa noite no copo de café, pra eu sorrir maravilhado pro reflexo. Quero ser eu e você, não só eu mais. Nunca mais. Que me traga sossego, que me embale, que meu amor me fale. Que me leve lá longe onde o ponteiro para, ou dentro da nossa caixinha de música até que feche e torne a abrir de novo, cantando e girando, girando. Como seremos apaixonados! Te espero, a preencher os meus porta-retratos e o meu coração.

    De quem ainda não te conhece mas te amará.

    achei parecido =). parabéns pelos seus textos!

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