domingo, 22 de março de 2009

Rua de Pedras Vermelhas

Ela mora numa rua de pedras vermelhas incomuns
É silenciosa, do tipo que não vemos mais hoje em dia
Número treze, entrada simples de degraus escorregadios

Ela chega, sem tempo de avisar o tempo.
E você pode perceber pelo peso de seus suaves passos
Que quase sem querer chamam atenção
E assim, nem que seja por um segundo, ela sempre se faz notar
Que aconchego nesse dia frio, poder observá-la.
Ela desvia graciosamente das poças de chuva no chão
Ou seriam de lagrimas minhas que derramei enquanto esperava?
Ela nunca saberá.

Eu esperei tanto...

O colorido de seus lábios rosas
Misturando-se com o vermelho do chão e as poças
Ela exagera emoções
E se diverte enquanto todos assistem
Seus olhos de criança, inocentes, sorriem ao dizer “Bom dia” ao porteiro.
Como ela consegue sorrir com os olhos?

Que linda mulher, penso.

Você prestou atenção nas suas unhas vermelhas?
Seria ela capaz de ferir alguém?
Será que eu me arriscaria a saber a resposta?
Agora eu estou mais perto...
Posso sentir seu gosto... derretendo na minha boca
Ah sim, eu consigo ouvir o sussurro doce de seus lábios apimentados,
Me chamando...
E eu estou tão perto...tão perto...

...

E de repente eu vejo apenas uma sombra alta e forte se aproximando
Passando pelo número nove, onze, treze!

Braços fortes a enlaçar aquela pequena criatura
Abraçar a minha menina!
E eu fecho os olhos por alguns segundos tentando acreditar ser só uma ilusão.
E ela não está mais lá.

Até amanha, menina.
Eu voltarei à sua porta;na rua de pedras vermelhas.
Vermelhas, machucadas pelo meu caminhar.

domingo, 15 de março de 2009

"Eu, você.
Nas nossas mãos
O poder de criar.
Então,
Cria sua fantasia!
Inventa teu sonho!
Viaja...
Por lugares
Na realidade irreal ...
Acredita
Na mentira
Da ilusão
Que se torna verdade
Na imaginação."




sábado, 7 de março de 2009

Sobre mim

Vocês já se perguntaram quem são?
Da onde eu venho? Pra onde estou indo? Quem e o que me faz ser assim? Qual a origem do que sou?
Não sei falar sobre mim. Sei que não sou constante. Sou um pouco de cada coisa. Um pouco das coisas que gosto, um pouco das coisas que vejo, que ouço e que conheço.
Eu sou a criança que brincava de boneca e hoje brinca de interpretar, que brinca de viver. Eu serei sempre o xodó do papai e a menina da mamãe.
Sou mudança e por mais que seja assim, no final, vou sempre voltar ao começo de tudo, à essência de quem eu não sei que sou.
Acho que sou assim, essência, vinda de começo desconhecido. E não saberei nunca encontrar o caminho de volta para responder.

Para começar.

Olá! Este é meu primeiro blog. Pretendo com ele, escrever sem compromisso, brincar com as palavras, como o próprio nome sugere. Postarei sempre que o tempo permitir. Beijos!