terça-feira, 20 de setembro de 2011

Parava em todos os livros e ia logo para o final. Precisava saber se o mocinho ficava com a mocinha, se a doença era superada, se a dor acabava. Queria só finais felizes. Se não fosse, devolvia para a estante. Mas ela ainda era jovem, e não tinha aprendido que o meio também tem sua graça e que não há estante para tanta decepção. Certo dia, chuvoso e empoeirado, pegou todos os livros que antes tinha descartado e reescreveu os finais.

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