sábado, 20 de agosto de 2011

esclarecimentos

Se eu escrevo para alguém? Quem é meu destinatário? Não sei.
Escrevo, talvez, para mim. Mesmo que perdida entre outros alguéns, todos eles envolvem um pouco de mim. Escrevo para o desconhecido. Um anônimo que tem um pouco de mim. Mas escrevo também para qualquer um que esteja disposto a ler, qualquer um que se idenfique, que sinta, que ignore.
Quem são meus personagens? Pode ser eu mesma, pode ser alguém que eu conheça muito bem, alguém que eu vi enquanto esperava na fila do banco ou um alguém que cruzou meu olhar no ônibus. Mas nunca será uma dessas opções sozinha.
Escrevo porque? Porque preciso. Que mentira! Posso viver sem escrever. Não é como me alimentar.  Escrever não me é necessidade, me é conforto (e um pouco do oposto também). Escrevo porque quero. Escrevo, principalmente, porque sinto.
E sinto mais ainda porque escrevo.

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