segunda-feira, 18 de abril de 2011

     O céu estava incrivelmente azul. Não era um dia para se morrer. Mas nunca é dia para nada, ainda mais para de morrer. Só que como tudo na vida, aconteceu. Se foi na hora certa ou errada, quem vai saber. Essas horas se entrelaçam a todo momento e a grande questão se transforma no segundo correto ou errado.Só que  nós nunca acertamos os segundos, acertamos? É tão difícil.
     Não vou dizer como eu me senti, não. Seria bobeira, pois nunca se sente igual e ninguém conseguiria entender. Não vou dizer que chorei três dias seguidos. Não tem porquê mentir. É verdade, eu pensei nas coisas que eu podia ter feito de outro modo. Pensei e passou, como todo pensamento. Faz pouco tempo e agora, nesse segundo, eu não me sinto diferente. Acho que a saudade não vem assim. Ela vem naqueles momentos em que se cai uma gota mínima de alguma lembrança das nuvens da memória. Pode ser que vire temporal ou pode ser só chuva de verão.
     Depois da chuva, pode vir mais chuva. E sol também. Pois é, é uma metáfora bem ridícula. Mas quase tudo na vida pode ser bem ridículo se pensarmos bem. E agora eu penso: o céu estava ridiculamente azul. E ainda assim, aconteceu. E passou, passou, vai passar.
     Qualquer segundo pode fazer diferença.

2 comentários:

  1. é justamente o segundo que muda tudo!
    menina, aqui vai tudo igual...
    talvez vc n lembre de mim, nossa, vc tá do msm jeitinho, valeu a pena vir aqui!

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  2. Jade Alfradique:
    acho que vou fazer um blog 1º pra parar de comentar como anomino, isso me irrita, 2º pra postar os meus tb.

    Liinda, adorei esse.
    ''Só que nós nunca acertamos os segundos, acertamos?''

    mt bom. beeijos.

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