terça-feira, 26 de abril de 2011
revolta do mundo
será que quando chove é o mundo chorando de tristeza pelas mazelas da sociedade ou cuspindo de asco pelo mesmo motivo?
domingo, 24 de abril de 2011
não tão simples
ah essa coisa
de perder o sono
de quebrar copos
isso não é amor
um carinho grátis
uma surpresa boba
de abrir sorriso
isso, talvez
de perder o sono
de quebrar copos
isso não é amor
um carinho grátis
uma surpresa boba
de abrir sorriso
isso, talvez
saudação
aaaah eu quero tudo
pegar o mundo
mãos, pés, fincar as unhas
quero o gosto e o desgosto
enroscar, desvencilhar
perder e ganhar
você, mundo
em mim, eu me procuro
desgarro de nós
mas abraço tudo
boas vindas
às oportunidades
verdade ou maldade
eu estou dentro
pegar o mundo
mãos, pés, fincar as unhas
quero o gosto e o desgosto
enroscar, desvencilhar
perder e ganhar
você, mundo
em mim, eu me procuro
desgarro de nós
mas abraço tudo
boas vindas
às oportunidades
verdade ou maldade
eu estou dentro
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Hoje lembrei de você. De um dia com você. Estava chovendo. A gente assistiu a um filme muito ruim na sua casa. E eu sei que você viu que eu quase dormi. Realmente, era um filme bem chatinho. Eu lembro que não admiti isso na época. Eu que tinha escolhido. Já tinha parado de chover e você decidiu ir andando comigo até em casa. No caminho você quis parar num botequim, bem simples, bem ruinzinho. Uma cerveja foi o que você pediu; e disse que não tinha com a noite terminar melhor. Nós conversamos. Eu ainda lembro do seu sorriso, dos seus gestos. Eu me senti mais bonita naquele momento. Eu me senti mais eu mesma. E eu sei que naquela hora nossos olhos, nossas bocas, nossos corpos e toda nossa alma conversaram juntos. E foram como horas de longas conversas, mas nós só ficamos lá por uns quarenta minutos. Eu te conheci naquela noite como não conheci em nenhuma outra noite, em nenhum outro dia ou madrugada. Eu só pensei nisso hoje passando em frente ao velho botequim e eu passo por ele todos os dias. Fazem meses e hoje não é nenhum dia especial. Mas hoje me lembrou você. Um você que eu não conheço, mas que já esteve comigo. Um você que acho que nem sempre se apresenta, mas que existe. Quem é você agora não me importa mais. Mas quem foi você? Bom, acho que também não importa. O que importa é que aquele foi um bom dia. Filme ruim e botequim pé de chinelo. Grandioso. Talvez os bons momentos sejam esses mesmos, em que o simples revela sua exuberância. Esses momentos despretensiosos que a gente costuma subestimar. Momentos que não querem nada e revelam tudo.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
O céu estava incrivelmente azul. Não era um dia para se morrer. Mas nunca é dia para nada, ainda mais para de morrer. Só que como tudo na vida, aconteceu. Se foi na hora certa ou errada, quem vai saber. Essas horas se entrelaçam a todo momento e a grande questão se transforma no segundo correto ou errado.Só que nós nunca acertamos os segundos, acertamos? É tão difícil.
Não vou dizer como eu me senti, não. Seria bobeira, pois nunca se sente igual e ninguém conseguiria entender. Não vou dizer que chorei três dias seguidos. Não tem porquê mentir. É verdade, eu pensei nas coisas que eu podia ter feito de outro modo. Pensei e passou, como todo pensamento. Faz pouco tempo e agora, nesse segundo, eu não me sinto diferente. Acho que a saudade não vem assim. Ela vem naqueles momentos em que se cai uma gota mínima de alguma lembrança das nuvens da memória. Pode ser que vire temporal ou pode ser só chuva de verão.
Depois da chuva, pode vir mais chuva. E sol também. Pois é, é uma metáfora bem ridícula. Mas quase tudo na vida pode ser bem ridículo se pensarmos bem. E agora eu penso: o céu estava ridiculamente azul. E ainda assim, aconteceu. E passou, passou, vai passar.
Qualquer segundo pode fazer diferença.
Não vou dizer como eu me senti, não. Seria bobeira, pois nunca se sente igual e ninguém conseguiria entender. Não vou dizer que chorei três dias seguidos. Não tem porquê mentir. É verdade, eu pensei nas coisas que eu podia ter feito de outro modo. Pensei e passou, como todo pensamento. Faz pouco tempo e agora, nesse segundo, eu não me sinto diferente. Acho que a saudade não vem assim. Ela vem naqueles momentos em que se cai uma gota mínima de alguma lembrança das nuvens da memória. Pode ser que vire temporal ou pode ser só chuva de verão.
Depois da chuva, pode vir mais chuva. E sol também. Pois é, é uma metáfora bem ridícula. Mas quase tudo na vida pode ser bem ridículo se pensarmos bem. E agora eu penso: o céu estava ridiculamente azul. E ainda assim, aconteceu. E passou, passou, vai passar.
Qualquer segundo pode fazer diferença.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
inquilinos
eu pus minha fé
ali, naquela mesa de cabeceira
eu coloquei minha cabeça
no seu travesseiro
você pos suas roupas
no meu armário fez propaganda
de ti, e apoiou suas dúvidas
na nossa varanda
nossos risos enfeitando
na parede, decoração
expondo nossa seca sede
nossos grifos de diversão
de coração, a gente amou
até que a vontade se pôs
nosso lugar, fora de nós
a curiosidade gastou
todo o depois
até ficarmos sós
e agora, quem fica com o apartamento?
ali, naquela mesa de cabeceira
eu coloquei minha cabeça
no seu travesseiro
você pos suas roupas
no meu armário fez propaganda
de ti, e apoiou suas dúvidas
na nossa varanda
nossos risos enfeitando
na parede, decoração
expondo nossa seca sede
nossos grifos de diversão
de coração, a gente amou
até que a vontade se pôs
nosso lugar, fora de nós
a curiosidade gastou
todo o depois
até ficarmos sós
e agora, quem fica com o apartamento?
quarta-feira, 6 de abril de 2011
atalho
pra frente, pra frente
nada volta para trás
em frente é o caminho
o que passou
não volta mais
adiante é que se avança
o avanço
não recua jamais
o futuro segue em frente
pra frente, sempre
pra onde você vai?
-Para o lado
nada volta para trás
em frente é o caminho
o que passou
não volta mais
adiante é que se avança
o avanço
não recua jamais
o futuro segue em frente
pra frente, sempre
pra onde você vai?
-Para o lado
domingo, 3 de abril de 2011
dosagem
se é pra ficar no muito
que seja breve
pra não enjoar
correr o risco de exagerar
se é pra ficar no meio termo
que seja pra aproveitar
devagarinho
dizem que se chega lá
agora se for pra ficar no pouco
que nem seja
seu pouco é tão nada
não vale o tempo gasto
que seja breve
pra não enjoar
correr o risco de exagerar
se é pra ficar no meio termo
que seja pra aproveitar
devagarinho
dizem que se chega lá
agora se for pra ficar no pouco
que nem seja
seu pouco é tão nada
não vale o tempo gasto
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