quinta-feira, 27 de maio de 2010

Na minha cabeça
rodam pensamentos
Lembranças
ue vão embora
com o tempo
Mas tempo não houve
de ver a cegueira
Houve sim palavras
ensurdecedoras

Não venha falar
de sentimentos
jogados ao vento
Não segure verdades
nos dentes
que podem quebrar
Não aperte
corações nas mãos
que sem querer ou não
pode machucar

Que esperteza a minha
de me proteger
Mas que bobeira achar
que a chuva tinha passado
Mas que destreza a sua
de não se arriscar
arriscando
e de mentir
dizendo a verdade

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Registro 2

Sempre digo o quanto palavras são frágeis e errôneas para falar de sentimentos. Por isso é muito difícil escrever na maioria das vezes para mim. No entanto, contrariando a mim mesma, sempre me pego escrevendo e arriscando-me a escrever sobre o que sinto. Talvez por um impulso de tentar esclarecer e demonstrar o que minhas ações não expõem, insistindo em não me obedecer. Geralmente, sentimentos se mostram muito estúpidos quando colocamos voz ou ações para representá-los e ninguém gosta de sentir estúpido, gosta? Mas o mais complicado, em minha visão, é que quando damos forma ao que sentimos, seja pela voz, pela escrita ou por ações; tudo fica mais vulnerável; só que todos querem ser fortes. Mas o principal é que não existe nada mais forte do que a verdade ao se tratar de sentimentos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Teimosia

O tempo nunca passou tão rápido
Ainda mais rápido você se foi
Eu não soube usá-lo
Não sei se falo do tempo
ou de você

Fala-se muito, faz-se pouco
Quase nada fica
Eu não usei o tempo,
nem você, abusei
do que vem de dentro
Aprendi: ninguém ensina a sentir

Mas a gente sente mesmo assim




quarta-feira, 19 de maio de 2010

Faz frio, mas eu não me protejo
O arrepio me lembra você
Eu só quero mais tempo
Com essa sensação

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Objetivo

Não jogo palavras ao vento
Então preste atenção
Quando lhe falo
Não sou de me repetir

Não lhe peço nada
Além de tempo
Tempo para aproveitar
Aproveitar para conhecer

E conhecendo, fuçando
Descobrir, revelar e transformar
Silencio pertubador
Em perguntas incessantes

Por quanto tempo posso passar
Em lonhas conversas, perdidas
Com essa mente inantigivel
Um dia? Nem mais um segundo?
(Uma vida?)

Então tangível tornar
Serenamente
Não por medo de errar
Mas por mais tempo gastar

Intenções calejadas
Feridas de dúvida, mas alegres
Por esperar e assim poder
Enfim, amar

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Clear

Sometimes I forget your face
But then I remember your words
And suddenly I can picture it again
The truth is I wish I could erase you
But I always catch myself drawing all again
I try to run from you
And deny what is on my mind
It’s everything and nothing I wanted to feel
But it is just not me
Let me go back to my ideas
Or tell me what I really am

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Versos num barquinho de papel
Não cruzará mares
mas passará por tuas mãos
Não fará missões
mas ainda terá muitas histórias
Não deixará saudade
de uma despedida
Deixa a ternura
dos dedos que lhe construíram
É frágil como o poeta
de idéias fugitivas
Se perdem e se encontram
em viagens ao acaso
de ti