terça-feira, 28 de abril de 2009

Prisão

"Teia de aranha
arranha
Secretamente
minha mente
Emaranhado
complicado
de reflexões
sem explicações
Refletindo
na alma
Impedindo
a calma
Trazendo
ruídos revoltados
Apodrecendo
de trancados
Gritando
Implorando

por liberdade."

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gosto de olhar crianças. Fico feliz quando vejo uma criança sorrindo.Elas são as que mais tem a ensinar e tão pouco aprenderam. São tão... cheias de vida!
Talvez seja saudade daquele tempo, ou então, ainda me veja ali; naquelas atitudes, gestos, risos. Talvez alguns sejam eternas crianças. Ou tentam ser. Porque a verdade é que não conseguimos. Já fomos corrompidos pelas verdades duras da vida. Temos pouca esperança. Vivemos preocupados.Perdemos a inocência.
Maldita inocência; nubla a realidade.

Queria poder sentir todo dia pelo menos uma coisa como sentem as crianças. Porque sim, elas sentem mais. Sentir mais é doloroso, mas é real. Uma realidade feliz, só pelo simples fato de ser verdade. Doloroso mesmo é crescer. Ceder involuntariamente às preocupações, aos problemas. Feliz aquele que consegue rir das mínimas preocupações humanas. Tão insignificantes....
Felizes as crianças. Felizes as grandes crianças.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Everybody Lies

Só para deixar registrado:

"A mentira é a anestesia da verdade."

(In Dr.House I trust, hahaha.)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Crazy little thing called love

Alguém sabe me explicar como o amor funciona? Ou ele simplesmente... acontece?
Admito que sempre evitei escrever sobre ele. Não sinto que eu, na miséria do meu ser, sou capaz de descrevê-lo como merece. Vou dar apenas algumas opiniões sobre esse sentimento esquisito.
Não acredito que o amor seja bonito, não. Ele é normal. Não é feio nem bonito. Somos nós, meros apaixonados ou desapaixonados que vamos moldá-lo.
Aqueles que o dizem como feio, provavelmente irão dizer também que dói. Eu digo que não. O amor não dói. Não o amor em si, simples, sem confetes. Ele é uma gargalhada sincera vinda de cócegas na alma – básico assim.
Apesar de não doer, suspeito de que há dor no amor. Ele não é feliz o tempo todo. Ele é que nem a gente, precisa aprender. Ele precisa da dor para crescer. Não vejo a dor como falta de amor, não. O amor é que vai anestesiar e quem sabe até exterminar a dor.
Falam demais sobre amor. Falam mas não sabem amar. Porque amar é difícil. Simples, mas difícil.
É difícil deixar-se amar. Amar exige confiança, não entrega. Entrega de si não é amor; é abandono, insegurança. É difícil porque é preciso ter muita confiança e muito conhecimento de si para se mostrar de verdade e deixar o outro ser seu espectador sem censuras. Por isso também não acredito em amor à primeira vista. Para amar, é preciso conhecimento.
Amar também não é fácil, ou todos estariam amando. Primeiro, porque amar é não ter vergonha. O amor é sem-vergonha; é preciso muita coragem para amar de verdade. Segundo, porque não podemos garantir que vamos ser amados de volta. Apenas nessa hora o amor dói, quer dizer, traz dor. Porque não são mais cócegas e sim um soco na alma. Alguns vão enlouquecer achando que suas vidas acabaram. Otimistas vão sentir um peso nas costas, mas se lembrarão de que ainda há muita gente por aí com amor para distribuir.
A única certeza que eu tenho sobre amor é que precisamos dele. E não só do amor pelo outro, mas pelas coisas, por nós e pela vida. Sem amor, não há nada. É preciso muito dele para viver de verdade.
Talvez o amor não seja nada disso. Amor é um mistério. Quero e não quero desvendá-lo.


(Para quem evita falar sobre isso, falei demais.)

* Esse tema é culpa dos companheiros de B.C. :P Aliás, obrigada por existirem e encherem minha caixa de e-mail =)

sábado, 18 de abril de 2009

Amarelo é a cor do amor


amar - v.t.d. 1. ter amor elo - sm. 1. ligação;união


Amarelo

"Tudo que é bonito é pra se mostrar"

Dizem que o que é bonito é para se mostrar.
Será mesmo?
Todos nós paramos para olhar quando alguém "interessante" atravessa nosso caminho. Podem ser os meninos quendo veem aquela menina linda, cheia de atributos passando ou meninas virando o rosto para dar uma espiadinha no vendedor lin-do da loja. O ponto é: gostamos de ver gente bonita. Ok.
Algumas pessoas querem que sua beleza seja vista. Algumas exageram. Outras, escondem.
Acho interessante aquelas que tentam esconder. Mas o que me intriga é por que escondem. Talvez seja por vergonha, ou por não acreditarem na existência dela. Talvez seja por esperarem que os outros ao redor vejam algo além da visão.
Acredito que essas belezas ocultas são também as mais belas; exatamente por não se mostrarem. O que é bonito de verdade vai muito além da compreensão sensorial. Devemos mostrar mais esse tipo de beleza. O que é belo não está só na aparência; está no jeito de encarar a vida, de tratar as pessoas, de ser verdadeiro. E se é assim, tem muita gente feia por aí. Mas também há gente bonita; capaz de transformar o feio em belo(que bom).

“Às vezes as pessoas são bonitas. Não pela aparência física, nem pelo que dizem. Só pelo que são.” ( Livro: "O Mensageiro")

Um texto meio diferente de como eu costumo escrever, mas já estou para escrever sobre isso há um tempo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sinta-se em casa

Dizem que o amor é dar tiros no escuro. Se isso é verdade, eu não quero dar e nem espero saber. Isso porque preciso da luz, pra tentar enxergar o que está não se pode ver.
Sabe, quando eu olho, tento ver o todo, mas algum magnetismo me puxa para os olhos. E então eu vou fuçando atrevidamente procurando pela alma. E ao chegar bem perto da entrada, volto correndo.
Para tentar disfarçar minha invasão, eu olho sério, mas se você pudesse, veria que por dentro estou corada de vergonha e com um sorrisinho sem graça. E mesmo que me dêem permissão, eu não me permito entrar. Mas eu quero. Sim, eu quero. E que confusão essa de querer e não se permitir!
Também não permito que entrem. Não pela porta da frente. Pelas janelas, sim. Eu digo "Bem-vindo". Não faço festa. Talvez o convide para um lanche. E vou deixando pouquinho por pouquinho que conheça a casa, só para que aquela sensação boa se estenda. E então começam as irritantes vozes gritando “Haja paciência!”. A célebre impaciência desse mundinho ansioso dentro e fora de nós.
E tem mais: o medo de assustar o outro com a minha cara de mentira séria. E começo a brincar e arranjar fugas para não encarar. Porque a verdade é que eu estou só brincando para continuar sorrindo mesmo se eu perder o jogo. Eu não sei jogar. Eu não quero seguir regras. Eu só quero mesmo uma coisa. Eu quero abrir a porta. A minha e a sua. Eu só não acho a chave.

sábado, 11 de abril de 2009


Conheci um menino;
um menino diferente.
Ele era feito de palavras.
Cuspia letras,
suava exclamações,
chorava rimas.
Me fazia poesia.
Brigamos,
ele se apagou.
Virei livro.
E de saudade, chorei

até me apagar também.